
Diários públicos: jornais e esquecimento | de Leila Danziger
No ponto de ônibus, atrás de um casal sem atributos, havia uma mulher de vermelho. Não era a sua roupa, mas a própria pele. Ela vestia bermuda e camiseta sem mangas; seus braços e pernas tinham o tom vermelho escuro. Perturbada, tentei ignorar sua presença (magnífica, fascinante, trágica). Virei-lhe as costas e busquei a certeza do céu naquela tarde ensolarada de Ipanema.Um certo Oriente: imagem e anamnese | de Susana Scramim
Em Relato de um certo Oriente, de Milton Hatoum, ocorre o trânsito entre a materialidade lingüística e a imaterialidade visual de uma coleção de objetos e, para perceber o que essa coleção pode significar, adentra-se numa zona limítrofe entre o ver e o falar: “os limites do diáfano”.Os fatos e suas fotos: dispositivos modernos na produção do acontecimento na contemporaneidade | de Ana Maria Mauad
Ao longo do século XX, a imprensa ilustrada assume um papel central na conformação de um espaço social que agencia as versões de acontecimentos e processos.
Santiago, de João Moreira Salles. O documentário entre o ensaio e autobiografia. | de Consuelo Lins
É um filme que contém muitas histórias: um documentário sobre um mordomo, mas também uma carta filmada dirigida aos irmãos compartilhando memórias, um “ensaio” fílmico sobre como fazer (ou não fazer) um documentário e uma homenagem póstuma ao mordomo, que morreu poucos anos depois da filmagem.
Documentários em saúde – A produção de humberto mauro no INCE | de Alice Ferry de Moraes
Muito já foi escrito sobre nosso grande cineasta Humberto Mauro, que nasceu na cidade de Volta Grande, em Minas Gerais no dia 30 de abril de 1897 e morreu em 5 de novembro de 1983. Mas pouco se sabe sobre sua vida como documentarista científico. Ele sempre teve interesse por diversas áreas: música, literatura, artes plásticas, esportes.Primeiras considerações sobre a questão da soberania urbana no Rio de Janeiro | Jailson de Souza e Silva, Jorge Luiz Barbosa e Fernando Lannes Fernandes
Os estudos propostos têm sido referenciais para a elaboração de diversos projetos no campo dos direitos humanos voltados para reduzir a violência.Literatura, pão e poesia | de Sérgio Vaz
A literatura na periferia não tem descanso, a cada dia chega mais livros. A cada dia chega mais escritores, e, por conseqüência disso, mais leitores. Só os cegos não querem enxergar este movimento que cresce a olho nu, neste início de século.
Heloisa Buarque de Hollanda entrevista Paulo Lins | Dezembro de 2007
Paulo Lins: É um livro que se passa em dois momentos: final dos anos 1920 e nos dias atuais. Conta a história de uma mestranda que faz sua dissertação sobre a fundação da primeira escola de samba no Rio de Janeiro.