Conheci Lélia Gonzalez de perto, naqueles anos de chumbo. Conversamos muito, frequentamos alguns seminários e encontros juntas, mas, sobretudo, éramos do corpo docente do Parque Lage, Escola de Artes Visuais, no glorioso tempo em que Rubem Guerchman foi diretor. A escola era conhecida na época como o Jardim da Oposição. Lélia levantava os alunos com suas aulas de filosofia e eu dava cursos sobre poesia e ditadura. Foi nessa época que fiz essa entrevista, hoje perdida na edição esgotada do Patrulhas ideológicas, publicado pela saudosa editora Brasiliense.